Esta rubrica funcionará para dar a conhecer os maiores criminosos da história de Portugal. Esta semana, fomos dar de caras com o maior burlão de todos os tempos: Alves dos Reis!
Durante o tempo de prisão Alves dos Reis concebeu o seu plano mais ousado. Em 1924, este contactou vários cúmplices, dando início a um processo de falsificação de documentos, entre os quais um contrato ligado à impressão das novas notas. Com toda esta fraude gigantesca, Reis pretendia fundar o Banco Angola e Metrópole, para investir em Angola e, posteriormente, tentar controlar a maioria das acções do Banco de Portugal, de forma a cobrir as falsificações e abafar qualquer investigação, situação que esteve prestes a conseguir.
Porém, a burla foi publicamente revelada a 5 de Dezembro de 1925 nas páginas de um jornal que descobriu a fraude. Alves dos Reis foi assim preso a 6 de Dezembro de 1925, quando se encontrava a bordo do Adolph Woerman, ao regressar de Angola. Surpreendentemente tinha apenas 28 anos nesse momento.
Foi libertado a Maio de 1945, e mesmo depois da maior fraude da história portuguesa, voltou a reincidir. A 12 de Fevereiro de 1952, burlou em 60 mil escudos (299.27 euros) um negociante de Lisboa, ao prometer-lhe 6 400 arrobas de café angolano, inexistentes. Em 1955 foi condenado a quatro anos de prisão, pena que não chegou a cumprir, pois morreu de ataque cardíaco a 9 de Junho de 1955, na pobreza.
Em 2000 a história de Alves dos Reis foi adaptada para a televisão por Francisco Moita Flores e apresentada como mini-série pela RTP.
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